sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Confraria

Acho interessante quando um jogo possibilita um jogador não so experimentar algo incomum, mas talvez seja tambem pela ambientação e tema do jogo.

E este jogo era um mistério.


Foram quase 35 jogadores, cada um com uma história única. Cada um com uma visão. E todos perdidos, com partes da narrativa geral. Ou melhor, da grande narrativa por trás, escondida à vista de todos.

No resumo ela era sobre Kronos e suas tecelãs, e estranhamente várias personalidades foram colocadas lá por várias razões.



A minha perspectiva era de um deformado, sofrido pela catástrofe de chernobyl. O personagem tentou se matar, e não realmente esperava que pudesse parar em algum lugar. No momento de morte falara quase que um acordo para o capeta, mas que realmente o acordo fosse fechado ele não esperava. Mas de que apenas morresse e se apaziguasse. O meu personagem não era central, mas eu pelo menos acabava sabendo muitas coisas.



Eu tinha uma missão, o unico problema era que tinha de fazer com que as pessoas fizessem para mim. Já que a constrição do personagem impedia que eu fizesse com minhas mãos, já que praticamente não as tinha. Mas como fiquei incapaz de realizar qualquer coisa, tive a disposição a tentar mudar meu jogo. E como o unico que parecia capaz de matar era um personagem meio instável, e bonzinho, não tinha como manipulá-lo para tentar matar a pessoa que eu deveria. A unica forma era mandá-lo tentar matar quem ele realmente queria.

Já vi mistérios, e tinha material suficiente aqui, para alguem se sentir dentro de um filme Lychiano. Não por que as pessoas eram todas diferentes e bizarras, mas por que de vez em quando a visão de mundo de um ou outro jogador era questionado continuamente.

O único problema era que um jogador que entrasse em conflito com o objetivo principal tinha de conseguir um objetivo novo. O meu personagem era alguem que não acreditava nesse possível mundo místico, e interpreta com desgosto sua continuada existência, mesmo por que agora ele sofria existindo, e por mau gosto talvez sempre retardasse o que estava sendo forçado a fazer. E parecia não haver meios para eu conseguir realizar meus planos, tristemente, ou talvez caso eu achasse alguem com capacidade para conseguir levar a cabo tal tarefa, mas parece que não havia, logo fiquei desolado e comecei a brincar com o sofrimento dos outros, incapazes de solucionar seus problemas que eram muito mais simples.

Outra coisa interessante foi notar que alguns personagens falavam coisas díspares entre outros, e assim alguns acreditavam haver vários mundos. Já eu ignorei esses teóricos e parti para a minha parte principal... conspirar contra o demônio! Já que não vi nada para ser feito, e esperava que assim uma alma caridosa me ajudasse de alguma forma...

Comentando outra parte. Parece que alguns jogadores levaram o jogo em uma experiencia mais leve, e até acabaram caindo em um ou outro off. Alguns offs como procurar uma informação na ficha, ou uma pergunta importante, ou outras era raro. Mas lá para as 2 ou 3 havia grupos de jogadores conversando em off e brincando. Eu já pelo contrário achei muito mais interessante o trabalho de figurino do meu personagem, que me mantinha em contato com ele o tempo todo. E outra parte foi o "trabalho" que fiz antes, que era simplesmente assistir dois filmes que resumiam o meu personagem, Stalker de Tarkovsky e Koyanisqatsi. Acho que o bom desse filme foi como ele era quase uma recriação do meu personagem, tanto quanto o cenário, como a personalidade. Eu tentei usar esses filmes para conseguir me por no personagem.

E no final continuei eternamente preso no lugar, como persoangem, sem saída de lá. Tinha muitos jogadores, e parece que isso propiciou que personagens tivessem incongruencia com outras partes da história. Alguns personagens pareciam muito desconexos com tudo.

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